<font color=0988d3>> </font>Observadores garantem escrutínio livre e justo
Os observadores internacionais consideram que o referendo foi livre e justo, nomeadamente a Delegação de Solidariedade do Parlamento Europeu à Venezuela.
«Esta vitória na Venezuela é uma vitória dos povos de todo o mundo; deverá ser atribuída principalmente às reformas políticas e sociais levadas a cabo por este governo com a participação real da população. O resultado do referendo deve-se à capacidade de combinar justiça social e respeito pelas liberdades cívicas e os direitos humanos. Deve-se também à vontade política de usar a riqueza do país para o bem-estar de todos os venezuelanos, e aos esforços do governo para construir um mundo mais pacífico com uma integração baseada em relações mais igualitárias entre países», considera em comunicado a Delegação de Solidariedade do Parlamento Europeu à Venezuela, grupo composto por dez eurodeputados, entre os quais Ilda Figueiredo, eleita pelo PCP.
O muito alto nível de participação «é significativo e constitui para nós, europeus, um contraste cruel com o muito baixo nível de participação nas eleições europeias, e é provavelmente imputável às claras escolhas políticas feitas pelo projecto bolivariano na construção de alternativas ao neoliberalismo e na construção de pontes entre instituições e participação popular».
Isto, porque, este resultado representa uma «clara expressão do “não” ao neoliberalismo, do “não” à mercantilização de tudo, do “não” à intervenção estrangeira, do “não” à desestabilização da Venezuela e do “não” ao Alca».
Os eurodeputados apelam a todos os sectores da oposição para respeitarem os resultados e abandonarem quaisquer tentativas de desestabilização do governo.
Também a Comissão Europeia saudou a «grande vitória para a democracia que o referendo constituiu». «Estamos felizes por ver que tantos venezuelanos queriam participar no processo democrático», afirmou o porta-voz da CE, congratulando-se por a consulta popular ter decorrido «numa atmosfera de calma».
Diferença clara
Também a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o norte-americano Centro Carter confirmaram os resultados oficiais do referendo. Numa conferência de imprensa conjunta, na segunda-feira, os dois organismos felicitaram o civismo dos venezuelanos e garantiram que os números avançados pela Comissão Nacional de Eleições são compatíveis com os que obtiveram e que não os poderão pôr em causa enquanto não haja provas em contrário. O antigo presidente dos EUA Jimmy Carter referiu a «clara diferença a favor de Chávez» e ex-presidente da Colômbia César Gaviria afirmou em nome da OEA que «é muito difícil manipular o resultado final».
O governo brasileiro, por seu lado, considerou que o referendo «significa um reforço da democracia para a América do Sul». Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores, sublinhou que «o referendo decorreu de forma legítima e que as indicaçöes
obtidas confirmam, grosso modo, os resultados parciais anunciados pelo Conselho
Nacional Eleitoral, o que nos deixa satisfeitos».
«Evidentemente, haverá dúvidas, o que é normal numa eleição, o que já vimos muitas vezes no Brasil», mas «não se deve dramatizar o processo», acrescentou. «O importante agora é que o povo venezuelano seja capaz de encontrar os caminhos da reconciliação, respeitando as diferenças».
O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados salienta que «foi bom para a Venezuela, porque o país retoma o caminho do crescimento económico. E é bom para o Brasil, porque o presidente Chávez tem a atitude de fortalecer os países da América Latina para disputar comercialmente com os países mais fortes», afirmou Arlindo Chinaglia. «A diferença é suficiente para não haver questionamentos,
até porque houve uma grande fiscalização», declarou.
O muito alto nível de participação «é significativo e constitui para nós, europeus, um contraste cruel com o muito baixo nível de participação nas eleições europeias, e é provavelmente imputável às claras escolhas políticas feitas pelo projecto bolivariano na construção de alternativas ao neoliberalismo e na construção de pontes entre instituições e participação popular».
Isto, porque, este resultado representa uma «clara expressão do “não” ao neoliberalismo, do “não” à mercantilização de tudo, do “não” à intervenção estrangeira, do “não” à desestabilização da Venezuela e do “não” ao Alca».
Os eurodeputados apelam a todos os sectores da oposição para respeitarem os resultados e abandonarem quaisquer tentativas de desestabilização do governo.
Também a Comissão Europeia saudou a «grande vitória para a democracia que o referendo constituiu». «Estamos felizes por ver que tantos venezuelanos queriam participar no processo democrático», afirmou o porta-voz da CE, congratulando-se por a consulta popular ter decorrido «numa atmosfera de calma».
Diferença clara
Também a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o norte-americano Centro Carter confirmaram os resultados oficiais do referendo. Numa conferência de imprensa conjunta, na segunda-feira, os dois organismos felicitaram o civismo dos venezuelanos e garantiram que os números avançados pela Comissão Nacional de Eleições são compatíveis com os que obtiveram e que não os poderão pôr em causa enquanto não haja provas em contrário. O antigo presidente dos EUA Jimmy Carter referiu a «clara diferença a favor de Chávez» e ex-presidente da Colômbia César Gaviria afirmou em nome da OEA que «é muito difícil manipular o resultado final».
O governo brasileiro, por seu lado, considerou que o referendo «significa um reforço da democracia para a América do Sul». Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores, sublinhou que «o referendo decorreu de forma legítima e que as indicaçöes
obtidas confirmam, grosso modo, os resultados parciais anunciados pelo Conselho
Nacional Eleitoral, o que nos deixa satisfeitos».
«Evidentemente, haverá dúvidas, o que é normal numa eleição, o que já vimos muitas vezes no Brasil», mas «não se deve dramatizar o processo», acrescentou. «O importante agora é que o povo venezuelano seja capaz de encontrar os caminhos da reconciliação, respeitando as diferenças».
O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados salienta que «foi bom para a Venezuela, porque o país retoma o caminho do crescimento económico. E é bom para o Brasil, porque o presidente Chávez tem a atitude de fortalecer os países da América Latina para disputar comercialmente com os países mais fortes», afirmou Arlindo Chinaglia. «A diferença é suficiente para não haver questionamentos,
até porque houve uma grande fiscalização», declarou.